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𝐔𝐌 𝐁𝐀𝐓𝐄-𝐏𝐀𝐏𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐕𝐌𝟕: 𝐑𝐄𝐅𝐋𝐄𝐗Ã𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐒𝐏𝐎𝐍𝐒𝐀𝐁𝐈𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐏𝐄𝐋𝐎 𝐅𝐔𝐓𝐔𝐑𝐎 𝐃𝐄 𝐌𝐎Ç𝐀𝐌𝐁𝐈𝐐𝐔𝐄
Ontem, dia 17 de dezembro, a partir das 16h30, Moçambique parou para ouvir vozes poderosas e reflexões profundas durante o evento “Um Bate-Papo com VM7”, realizado via Zoom e transmitido pelo Facebook e YouTube. Moderado pelo psicólogo Cremildo Chichongue, o encontro reuniu intelectuais, activistas, analistas políticos e membros da sociedade civil para discutir soluções para a crise pós-eleitoral que assola o país. Com o tema "𝐌𝐨𝐜̧𝐚𝐦𝐛𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐞 𝐨 𝐅𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨: 𝐐𝐮𝐞 𝐒𝐚𝐢́𝐝𝐚𝐬?", o evento foi um chamado à responsabilidade coletiva e uma lição de coragem para enfrentar os desafios de uma África que luta por justiça e democracia.
Entre os convidados de destaque, nomes como 𝐀𝐝𝐚𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚 𝐉𝐮́𝐧𝐢𝐨𝐫, presidente da UNITA, 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫 𝐏𝐋𝐎 𝐋𝐮𝐦𝐮𝐦𝐛𝐚, um ícone da intelectualidade pan-africana, e o 𝐞𝐜𝐨𝐧𝐨𝐦𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐑𝐨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐓𝐢𝐛𝐚𝐧𝐚 trouxeram perspectivas que reforçaram a urgência de reformas estruturais e de uma sociedade engajada. "𝐀 𝐀́𝐟𝐫𝐢𝐜𝐚 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚 𝐝𝐞 𝐥𝐢́𝐝𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐨𝐬𝐭𝐨𝐬 𝐚 𝐬𝐚𝐜𝐫𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐫 𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐨𝐫𝐭𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐩𝐨𝐯𝐨𝐬", afirmou PLO Lumumba, ecoando um sentimento compartilhado por todos os participantes.
𝐕𝐞𝐧𝐚̂𝐧𝐜𝐢𝐨 𝐌𝐨𝐧𝐝𝐥𝐚𝐧𝐞, o VM7, candidato vencedor das eleições de 09 de Outubro, conhecido como "o candidato do povo", fez uma intervenção memorável. " 𝐎 𝐩𝐫𝐞𝐜̧𝐨 𝐝𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐨 𝐬𝐚𝐜𝐫𝐢𝐟𝐢́𝐜𝐢𝐨. 𝐍𝐚̃𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜̧𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐦 𝐚 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐚𝐠𝐢𝐫 𝐞 𝐞𝐱𝐢𝐠𝐢𝐫 ", declarou. Mondlane destacou a necessidade de uma mobilização popular pacífica, mas determinada, para enfrentar a fraude eleitoral e as consequências de uma governação distante dos anseios da maioria.
O encontro também foi marcado pela presença de vítimas e familiares que sofreram com a brutalidade policial, testemunhando a dor e a resiliência de um povo que se recusa a ser silenciado. Clemente Carlos, por exemplo, relembrou os momentos de repressão durante o enterro de Shottas, um jovem cuja morte simboliza a injustiça sistêmica. "𝐍𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐥𝐮𝐭𝐚 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞́ 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐯𝐢𝐯𝐨𝐬, 𝐦𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐜𝐚𝐥𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐞𝐫 𝐚 𝐀́𝐟𝐫𝐢𝐜𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐚𝐦𝐨𝐬"enfatizou.
No âmbito da rubrica "Um Papo com VM7", este foi o terceiro evento em uma sequência de debates transformadores. O primeiro, realizado em 14 de dezembro, reuniu influenciadores digitais, artistas e poetas; o segundo, no dia 15, focou nas vítimas da repressão. A edição de ontem reafirmou o compromisso de VM7 com a inclusão de vozes diversas para construir soluções coletivas.
“A liberdade não é dada; é conquistada,” disse Isidro Fortunato, destacando que a responsabilidade pelo futuro de Moçambique está nas mãos de cada cidadão. A mensagem do evento foi clara: não há salvadores isolados, mas uma África que pode se salvar através da união e do engajamento.
Enquanto o país vive manifestações contra resultados eleitorais fraudulentos, este bate-papo emerge como um catalisador de mudança. 𝐐𝐮𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐜̧𝐚𝐦𝐛𝐢𝐜𝐚𝐧𝐨 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐚 𝐨 𝐩𝐞𝐬𝐨 𝐝𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚 𝐞 𝐚 𝐮𝐫𝐠𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐚 𝐚𝐜𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝐌𝐨𝐜̧𝐚𝐦𝐛𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚, 𝐞 𝐨 𝐟𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨 𝐧𝐚̃𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐫 𝐦𝐚𝐢𝐬.
Crédito: Channels VM7