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Depois do anúncio de Venâncio Mondlane sobre seu regresso a Moçambique, após quase três (3) meses fora do país, Moçambicanos foram tomados por uma miscelânia de sentimentos, diversos e conflitantes entre si. Ora alegres porque o Presidente da sua eleição estará em seu meio. Novamente poderão vê-lo e abraçá-lo, matando as infinitas saudades do seu calor acolhedor. Como não ter tão grande afeição pelo pai da nação, que faz tudo por todos? Outros ora tristonhos porque temem pela sua vida. Como não temer pela vida de um revolucionário, em um regime insensível e sanguinário, que espezinha e mata a sangue frio para se manter no poder? É, portanto, lícito que tal salada de emoções seja temperada no coração dos Moçambicanos.
Seria pleonasmo grosseiro afirmar que todo o povo, vindo dos quatro ventos de Moçambique, afluirá ao Aeroporto Internacional de Maputo, em Mavalane, na próxima quinta-feira às 8h:05 min, para dar boas-vindas ao mais amado filho do ventre do Índico. Todos, do menor ao maior, estarão lá. Maputo será pequeno para tanto. Certamente não faltarão lágrimas e alaridos. Não há dúvidas algumas, também, de que diferentes forças policiais e militares inundarão a ocasião, armados até aos dentes, para ameaçar fazer o que se converteu na sua maior especialidade: amedrontar e matar pessoas indefesas e inocentes. Mas o povo estará lá. Ninguém faltará. A vinda do herói do povo merece tal estrondosa adesão, e com toda a certeza assim será.
Mas o retorno de Venâncio Mondlane não é apenas para aplausos, fotos, beijos e abraços. De maneira nenhuma. Ele volta para terminar o que começou, a saber, lutar pelo sofredor povo Moçambicano. Ele volta abalado, porque seu coração sangra pelas centenas de almas perdidas nesta batalha. Volta desanimado, por causa da traição daqueles que o apunhalam pelas costas, embora os tenha ajudado incondicionalmente. Mas VM7 é forte, firme, focado e determinado. Seu glossário de combate desconhece o verbo desistir. Igual ao Apóstolo Paulo, narrado na Bíblia Sagrada dos cristãos, ele também vive o seu apostolado revolucionário com tremendas e inabaláveis convicções: _"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos"_ (2Coríntios 4.8, 9).
Assim sendo, as circunstâncias convidam-nos, a todos nós, de Rovuma a Maputo, a nos prepararmos não só para receber o nosso Presidente, mas para estarmos em prontidão para a gloriosa Fase *Ponta de Lança*. As ordens do nosso general são poderosas e, como já nos habituou, todas calculadas milimetricamente para surpreender e abater o inimigo do povo, que sofre e geme. Ele nunca falhou connosco. Temos a dívida moral de não falhar com ele. Se for para tomar o poder, é isso que faremos. Se for para morrermos, é com ele que morreremos. A história de um povo não se faz com carícias e declarações de amor. Faz-se com muito suor, muitas lágrimas e muito sangue. _"O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã"_ (Salmo 30.5). Vamos todos nós. Vamos com tudo. Venâncio Mondlane tem sido uma escola de coragem e espírito de inconformação. É com esse ânimo que nos devemos erguer das cinzas do medo para o fogo da vitória. Lutemos por nós e pelos nossos filhos. Lutemos. Nenhuma arma, nenhum regime, nenhuma força bruta, nenhuma conspiração ardilosa, podem deter um POVO UNIDO E CANSADO DE SOFRER!
Crédito: Channels VM7